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quinta-feira, 12 de julho de 2007

Um dançarino de Tango


UM DANÇARINO DE TANGO


Me perdi no encanto dos teus passos
Traços riscados no chão.
Braços firmes a conduzir um corpo "caliente"
No sopro de um tango... majestosa canção.
Bailas... e contigo bailam meus pensamentos,
Rodopiam minhas emoções.
Ah! Como é grande o tormento
De não tê-lo ao alcance de minhas mãos.

Teus movimentos aprisionam meu olhar.
Sou escrava de cada passo que dás.
Teu prazer transborda em forma de um sorriso sedutor
Como o orvalho a banhar a pétala da flor.

E o meu silêncio...Ah! os meus silêncios.
São notas da canção que te embalam,
Que me encantam na linguagem sutil dos que nada falam.

E o sangue latino a correr nas veias
É o fluir de uma nascente
Num emaranhado de teias
Na abstrata liberdade torrente.

E nos mares imprecisos do destino
És tentação feita de carne,
És apenas um dançarino
A brilhar sobre as luzes da cidade.

Presença que é mais do que distância,
És o dançarino que condimenta minha fantasia.
Um homem que é quase uma criança
Brincando de semear estrelas no chão,
Total divinização de minha poesia

Vânia Moraes


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TANGO


Tango

Tango, tua história é secular,
de raízes ainda questionadas
se de negros ou de brancos, não importa,
tomastes vida própria nos subúrbios portenhos,
indo de estrela marginalizada dos lunfardos
a estrela eternizada nos palcos iluminados
de outras terras além mar,
terras do mundo a te venerar.

Dança vinda das calles de Buenos Aires,
da mistura de raças que a fazem brilhar
através do sangue afro guerreiro a bradar
nos passos marcados, imitados
pelos compadritos em seu bailado,
da alegria andaluz unida a descontraída habanera,
refinada pelo estilo europeu de bailar.
Dança dos sentimentos feridos,
dos sentimentos acalorados,
da sensualidade dos desejos
traduzidos nos artísticos passos.

Hoje e sempre, sob este ritmo,
esquecidos do tempo, inebriados,
bailarino e bailarina alam-se:
tornam-se anjos terrenos no salão,
prendem os olhos, conquistam o coração
de quem sente cada movimento
pouco a pouco transformar-se em poesia
eternizando um sagrado momento,
onde alma e corpo se encontram
nos acordes envolventes de um tango
para bailarem juntos um sentimento.

Regina Sant’Anna

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